15º Domingo do Tempo Comum

Ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de
compaixão.
(cf. Lc 10,25-37)

Jesus vive na vida eterna do amor compassivo.
Vê e escuta os sofrimentos dos que são assaltados
e permanecem à margem do caminho, meio-mortos!
É o Templo da misericórdia, que ganha pés de peregrino,
como enviado de proximidade e hospital de campanha!
A todos cura, cuida das suas feridas, carrega aos seus ombros
e conduz à estalagem da sua Igreja, a quem recomenda hospitalidade!
Por isso a Igreja tem que ser como o Fundador:
peregrina, compassiva, serva, misericordiosa, graciosa!
Não basta saber o Evangelho, é preciso seguir e praticar Jesus!
Com a pressa de chegarmos à meta, preferimos as autoestradas,
ir de carro para tudo o que é sítio, mesmo perto…
Será a pressa em chegar rápido ou a recusa em ser peregrino?
Alguns até fazem passeios a pé, sós ou em grupo,
a pensar na sua saúde, com auscultadores nos ouvidos,
fazendo do caminho apenas um ginásio barato!
Custa-nos a aceitar que esta vida é apenas uma viagem,
feita de etapas volantes que preparam a meta definitiva!
A vida deve ser um caminhar com olhar contemplativo e compassivo,
atento às pessoas que encontramos, fazendo-as próximas,
aprendendo a arte de dialogar, de escutar, de cuidar e de amar!
Senhor, louvado sejas porque Te fizeste próximo,
desceste à nossa condição humana e pecadora,
com a compaixão da misericórdia e a fidelidade do enamorado!
Cristo, Cabeça da Igreja que é o teu Corpo,
faz de nós membros vocacionados e ativos do teu amor
e não células cancerígenas que enfraquecem a tua Igreja!
Envia-nos o teu Espírito e encarna em nós o teu Evangelho,
para que não sejamos apenas especialistas no saber e ensinar,
mas também no ser, celebrar, testemunhar e servir!
Ensina-nos a viver como peregrinos do eterno,
com a proximidade fraterna que se torna bênção para todos!
Pe. José Augusto
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