1º Domingo do Advento

Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. (cf. Mt 24,37-44)

O nosso Deus é um Deus escondido presente,
que está como Luz e como Palavra que guia,
inquietação que alerta, convite à conversão.
Andar adormecido, distraído, míope a esta presença,
é o grande desastre da nossa vida,
pois caímos sem nos darmos conta,
habituámo-nos a andar aos trambolhões!
Andar vigilantes, preparados para o encontro e
revestidos de Cristo é o grande apelo do Advento!

A ambição cria pressa, a urgência cria emergência
e esta cria fuga sem cautelas nem opções discernidas.
Hoje parece que tudo é urgente, é para hoje se não perde-se!
É a emergência da oportunidade
que cria dependências, preguiça de pensar,
medo de avaliar, facilidade de enganar.
É assim que se cai facilmente no “conto do vigário”,
numa ingenuidade que nos faz calar de vergonha!
O resto – conversão de vícios e dependências… –
é para a próxima semana… um dia destes hei de começar!

Senhor, Amigo secreto que me ajudas, sem me dar conta,
pois a “mão esquerda não deve saber o que faz a direita”,
obrigado por tanto amor e delicadeza,
tanta paciência misericórdia, por mais este Advento!
Desperta-me para a santidade que é a tua missão.
Ajuda-me a estar vigilante às armadilhas do mal,
que se aproveitam da minha ingenuidade e velocidade.
Que este Advento seja um caminho verdadeiro de conversão!

Padre José Augusto