Esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços. (cf. Is 5,1-7)
Deus criou-nos com a alegria da videira que dá uvas suculentas.
Criou condições para que a humanidade desse frutos bons,
semelhantes aos que brotam do Seu coração grande.
Escolheu um povo que devia ser paradigma de esperança
e um modelo de prática da justiça e do louvor perfeito,
mas este povo, em vez de seguir a aliança comprometida,
seguiu os seus caprichos e imitou os silvados espinhosos.
Deus confiou a este povo uma missão que estes abandonaram,
mas em Cristo, Seu Filho, a missão continua viva,
só necessita de pessoas, unidas no mesmo espírito e na mesma fé,
que aceitem ser cepas fecundas e vinho de salvação.
Hoje a Igreja é a vinha do Senhor, com cepas enxertadas.
Tem a missão de dar frutos bons de amor, fé e esperança,
e não de viver para si mesma, encantada com seus ritos.
Para isso, precisa de uma conversão contínua,
que pode os orgulhos e avarezas que só gastam energia,
que cave e monde as ervas daninhas do pecado,
que alimente a missão com a palavra de Deus e a oração,
que cure as doenças com o remédio dos sacramentos,
que partilhe os frutos com todos os que andam em busca
de uma alternativa feliz para este mundo em transito.
Senhor Jesus, pedra angular rejeitada,
ensina-nos a construir em Ti uma família nova.
Cristo, enviado do Pai que nos envias em missão,
ajuda-nos a ser fieis administradores da Tua graça
e servos alegres e humildes da Tua messe de vida nova.
Espírito de verdade ilumina-nos o caminho,
para que num exame de consciência audaz,
saibamos libertar-nos das desculpas
com que adiamos a conversão que testemunha evangelização.
Pe. José Augusto