A febre deixou-a e ela começou a servi-los. (cf. Mc 1,29-39)

Jesus veio curar a humanidade acamada em si mesma.

Aproxima-se, toma-nos pela mão, transmite-nos a sua força

e levanta-nos das nossas paralisias, desesperanças e egoísmos.

O fruto desta “mão que nos levanta” não é sair da cama para o sofá,

mas o serviço dos irmãos, o bem comum e o seguimento de Jesus.

A pior febre é a da indiferença que nos faz viver para nós mesmos

e coloca os outros ao nosso serviço deitados na cama da nossa tristeza.

O mundo tornou-se muito complexo ou pelo menos parece!

Esta especialização de serviços aliada ao individualismo,

colocou os inseguros na defesa do não atuar nem arriscar.

Uns refugiam-se no quarto, outros no sofá, outros no mundo virtual,

outros na droga, outros na hipocondria, outros enchem-se de ruídos…

Se acrescentarmos a dificuldade do primeiro emprego estável,

temos os solteirões com medo de sair de casa e casar,

temos os vocacionados em busca de um convento-refúgio,

temos os invisíveis, os sem teto, os tristes e desesperados.

Jesus conta com a nossa mão para os levantar deste febre crónica.

Senhor Jesus, proximidade medicinal que nos fortalece o amor,

dá-nos forças para nos levantarmos cedo para nos aproximarmos de Ti

e buscarmos a tua luz que nos liberta da indiferença egoística.

Cura-nos, Senhor, das nossas paralisias autistas e birras cegas,

e abre-nos horizontes de esperança e pés de evangelizadores.

Nós te pedimos por todos os inativos, ensimesmados e pecadores,

para que Tu, em nós e por meio de nós, os possas curar e libertar.

Pe. José Augusto