5º Domingo do Tempo Comum

Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. (cf. Lc 5,1-11)

Jesus viu dois barcos estacionados pelo desânimo
de uma noite de esforços, sem frutos alguns.
Jesus mostra que um barco pode tornar-se num púlpito de evangelização!
Escolhe o barco de Pedro, manda-o afastar-se um pouco da terra,
senta-se e faz do barco de Pedro uma cátedra de ensino.
Que bela imagem da Igreja, barca de Pedro onde Jesus subiu,
para fazer de todos nós pescadores de homens até aos confins da terra!
A barca estacionada afinal é importante para evangelizar
e para pescar peixes, quando o mestre é Jesus que a faz andar!
Senhor, aproxima-Te de mim, pois sou uma pessoa pecadora,
estacionada de desânimo e cansada de tentar ser santo!
Há muita gente capacitada para fazer o bem
e para evangelizar a esperança, que estacionou o seu barco,
limpou as suas redes e desistiu de melhorar este mundo
e de colaborar na obra missionária da Igreja!
Puseram em si mesmos a sua esperança ou na cunha de um amigo,
e, perante o fracasso, fecharam-se na dor e desistiram de acreditar!
Não será altura de deixarmos Jesus entrar na nossa barca,
escutar a sua luz de esperança e obedecer à sua voz de comando,
acolher a sua misericórdia e perdão e partir em missão com Ele?
Também a Igreja pode estacionar no tempo e no espaço
e acomodar-se ao evangelho do desânimo que alimenta a noite!
Senhor, Mestre mendigo de barcos e de braços de pescadores,
entra na nossa barca, na nossa comunidade e no meu coração,
e dá-nos uma vida nova e purificada pela tua misericórdia!
Abre o nosso coração à fé e à obediência confiante na tua palavra,
para que possas utilizar esta boca desajeitada para anunciar,
este corpo frágil para cruzar os mares em missão,
estas mãos limitadas para trabalhar na tua messe,
este coração egoísta para revelar o teu amor e misericórdia!
Fica connosco, nesta Barca de Pedro estacionada,
que o Papa quer ver em permanente “saída”,
como fermento de um mundo novo, justo e santo!
Faz de nós barcos salva vidas de náufragos e perdidos na noite!
Pe. José Augusto