79º ENCONTRO DOS EX-BANCÁRIOS DO BPSM – COVILHÃ-FUNDÃO

A liturgia trimestral do Encontro dos Ex-Bancários do BPSM da Covilhã e Fundão, repetiu-se mais uma vez e já vai na 79ª edição, e é sempre actual, com novas dinâmicas de um grupo que se mantém unido e alicerçado.

A Direcção da Associação no seu Plano de Actividades para o ano de 2019 e, de acordo com os seus associados, elegeu o primeiro encontro para a Quinta da Nave de Cima em Aldeia de Joanes, seguindo-se trimestralmente nas últimas quartas-feiras do mês em locais já definidos. Não é necessário ter sido bom aluno a matemática para conhecer os dias do mês e os locais. Aliás, a Direcção não se esquece de avisar todos os associados.

O tempo ajudou nesta primavera antecipada, forçando algumas árvores a florir com adornos à nossa volta, criando ainda mais um ambiente acolhedor.

Há anos que sou um observador desta Associação, que me recebeu de braços abertos, aproveitando sempre um pouco de arte e engenho para relatar em folha de Word, e não de Excel, as impressões recolhidas de cada encontro. É interessante salientar que as folhas do Excel estão longe destes encontros. Isso já lá vai. Estes encontros, além de fazer reviver companheiros de trabalho, têm uma particularidade muito importante: não se fala no deve e no haver das contas bancárias.

Como um dos companheiros mais velhos salientou, “só os verdadeiros amigos convivem assim, continuemos sempre com esta amizade.”

Fala-se dos filhos, dos netos, daqueles que infelizmente por motivos de saúde ou dos seus familiares não podem estar presentes.

Alguns mandam mensagens como por exemplo Mário Luís Gonçalves, residente em Lisboa, que por alterações de última hora não foi possível estar presente.

Desta vez sucedeu um caso curioso, três ex-alunos de três gerações do Seminário do Fundão e igual número da Escola Apostólica de Cristo Rei de Gouveia, recordaram os seus tempos de estudantes. Carlos Dias da Povoa da Atalaia, ex-aluno de Gouveia, ofertou um livro de poemas da sua autoria, com o tema tão propositado nestes encontros: “VIVÊNCIAS.”

O voluntário mestre de cozinha António Canário apresentou um cozido à portuguesa com produtos endógenos do Fundão. Não é só mestre de cantorias, mas também de gastronomia.

Num tom poético foi lida e aprovada por unanimidade a acta do 78º Encontro realizado em Unhais da Serra – Encontro do Natalício.

Mas o homem não vive só de pão e foram proporcionados dois momentos culturais. O primeiro com o Jerónimo, o já mítico compositor, letrista e vocalista dos Cro-Magnon, que apresentou canções do seu novo álbum musical EN343, sem esquecer a Tasca da Estação, a Auto Route e as Betoneiras.

Teve a atenção de explicar o contexto em que as letras das suas canções foram elaboradas, merecendo os aplausos de todos os presentes.

O segundo, uma viagem de um grupo de ex-bancários para visitar o Museu de Artesanato em Aldeia de Joanes. Contou-se com a colaboração do próprio artesão, que durante mais de uma hora foi explicando, com paixão, o amor com que fez as inúmeras peças de madeira, de raízes de árvores e outras matérias, que ofertou à Junta de Freguesia. Todos os visitantes lhe manifestaram o grande apreço pela arte popular que observaram, também ela em vias de extinção.

Com o sol a esconder-se na Serra do Telhado (Fundão), com os sons dos poemas do Livro “Vivências” – “sempre”, “saudade” “a ponte” “estou de partida” -, despedimo-nos entre abraços até ao dia 24 de abril, na Quinta do Toscano em Penamacor.

António Alves Fernandes

Aldeia de Joanes

Fevereiro/2019