Ano da Vida Consagrada

No final de um encontro com os Superiores Gerais dos Institutos Religiosos, em Novembro de 2013, em Roma, o Papa Francisco anunciou que o ano de 2015 seria dedicado à Vida Consagrada. Esta proposta dirigida a toda a Igreja insere-se no contexto da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, especialmente por ocasião do cinquentenário do decreto «Perfectae Caritatis» sobre a renovação da Vida Religiosa na Igreja.

Os principais objetivos deste ano são os seguintes: «Fazer memória agradecida do passado», «abraçar o futuro com esperança» e «viver o presente com paixão». A CEP, afirma, na sua nota pastoral, que os 50 anos que nos separam do Concílio Vaticano II são momento de graça para a Vida Consagrada, que percorreu um caminho de renovação guiada pelo Espírito, vivendo as suas fraquezas e infidelidades como experiência da misericórdia e do amor de Deus. As crises atuais e as incertezas no amanhã devem ser assumidas como desafio e ocasião favorável para os consagrados crescerem em profundidade como homens e mulheres de esperança. Esta esperança impele-nos a uma paixão de enamoramento, de verdadeira amizade, de comunhão; uma paixão por evangelizar a própria vocação e testemunhar a beleza do seguimento de Cristo; uma paixão para despertar o mundo com testemunho profético, em presenças significantes nas periferias geográficas e existenciais da pobreza.

A Vida Consagrada está colocada no coração da Igreja, como elemento decisivo para a missão, visto que exprime a íntima natureza da vocação cristã. E continua a ser um dom precioso e necessário também no presente e para o futuro do povo de Deus, porque pertence intimamente à sua vida, santidade e missão. Os consagrados são chamados a assumir, na radicalidade do seu ser, a mesma exigência que é feita a todos os discípulos de Cristo, no horizonte das bem-aventuranças: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste».

A vida de consagração em castidade, pobreza e obediência, seguindo de perto o estilo de vida de Jesus Cristo, é um tesouro para a vida e missão da Igreja. O Concílio Vaticano II «confirma e louva os homens e mulheres, irmãos e irmãs que nos mosteiros, escolas, hospitais ou missões, embelezam a Igreja com a sua perseverante e humilde fidelidade na mencionada consagração e prestam generosamente às pessoas os mais variados serviços» (LG, 46).

Os religiosos e religiosas da nossa diocese querem ser Testemunhas da Alegria pela sua pertença a Jesus Cristo e Sair para fora de si mesmos para construir comunhão com todo o Povo de Deus. Propõem-se, ao longo deste ano, viver mais intimamente a sua vocação, despertar o mundo com o seu testemunho profético, fomentar o interesse de todo o Povo de Deus para a importância da Vida Consagrada na Igreja e no mundo e apoiar a pastoral juvenil vocacional às diferentes vocações cristãs na Igreja.

​ir.​ Deolinda Serralheiro