Centenário de Fátima I Testemunho de Rui Pereira

Estar em Fátima no 13 de maio de 2017 foi um momento único na vida de qualquer peregrino que se tenha dirigido àquele recinto, especialmente para as centenas de Escuteiros que quiserem estar ali neste momento especial do Santuário que é especial para todos, em especial àqueles que no passado mês de outubro viveram ali um igual fim-de-semana e Fé.

A Paz que se fazia sentir naquele enorme Santuário é indescritível. Olhar para o rosto dos milhares de peregrinos que ali se encontravam, era olhar para rostos de Paz. Alegres por ali estarem, podendo viver a sua Fé num 13 de Maio especial. Especial antes mais, por viverem o Centenário das Aparições de Nossa Senhora, ali na Cova da Iria. Especial por assistirem à Canonização dos Pastorinhos, agora Santa Jacinta e São Francisco Marto. Especial ainda pela presença do Santo Padre, um Homem com presença pura, genuína e próxima dos peregrinos, como ele próprio, o peregrino Papa Francisco.

Na recitação do terço especialmente iluminado por milhares de velas, era enorme o sentimento de Fé que se sentia no recinto. Em especial durante os oito minutos de silêncio que os milhares de peregrinos cumpriram indiscutivelmente. Silêncio que se tornou quase ensurdecedor, no ar era quase possível ouvir as preces e orações dos que se juntaram a Francisco. A Fé característica daquele recinto ganhou ali uma força divina, era possível sentir que Ele estava ali bem junto dos fiéis.

Dia 13 de Maio começou com o especial momento de canonização dos Pastorinhos, Jacinta e Francisco, agora Santa Jacinta e São Francisco Marto. Sobre os quais o Papa Francisco evocou o exemplo e pediu que todos lhes seguissem o exemplo de adesão a Cristo e de testemunho evangélico.

Enquanto Escuteiros temos uma missão ainda mais séria e responsável neste caminho. Prometemos, aquando da nossa Promessa, orgulhar-nos da nossa Fé, orientando por ela toda a nossa vida. É importante pensarmos nesta mensagem de Francisco e acolhê-la de forma sincera.

“Temos Mãe!”, a exclamação que o Papa Francisco fez ecoar pelo Santuário durante a homilia da eucaristia. Escuteiros ou não, sentimos a forte mensagem que ele nos queria dedicar nestas palavras, quando prosseguiu e mostrou-nos que estávamos ali para agradecer as bênçãos concedidas pelo Céu nestes cem anos, sob o referido manto de Luz que Nossa Senhora estendeu sobre a Terra a partir dali, da Cova da Iria. Ele que já tinha avisado na bênção das que Nossa Senhora não é a “santinha a quem se recorre para obter favores a baixo preço”, é necessário enriquecermos esta ligação com ela todos os dias.

No momento final de despedida a Nossa Senhora, não haverá imagem deste fim-de-semana que se apagará mais dificilmente, como a do Santo Padre ele próprio, fazendo a despedida como verdadeiro peregrino como ele próprio se intitulou nesta viagem a Portugal e a Fátima.

Tive a oportunidade, certamente a bênção de poder ver diretamente o Papa Francisco a escassos metros, a oportunidade única como cristão de olhá-lo olhos nos olhos sentindo nele o carinho e a simplicidade de um verdadeiro Homem de Paz e Fé. O seu olhar guardarei para sempre, sentido a sua mensagem agora de forma especial.

A Luz de Fátima e dos seus Santos Pastorinhos, hão-de iluminar cada vez mais Portugal e os Portugueses após esta visita do Papa Francisco.

Deixemo-nos guiar pela Luz verdadeira da Fé nas suas mais variadas formas.

Deixemo-nos guiar pela Luz que vem de Fátima.

Rui Pereira