DIA DA MULHER

No seu dia, 8 de Março, embora todos os dias sejam Dela, deu-me para escrever sobre a Mulher. Um Dia que é Delas, também é nosso, filhos das nossas Mães. São elas o nosso amparo, a nossa presença, sempre com um coração cheio de amor e de afectos.

Dia que nos alerta para lhes agradecer, cantá-las e louvá-las. Também chorá-las ou corarmos de vergonha quando são assediadas, vítimas de violência doméstica, marginalizadas e esquecidas.

Dia para pensarmos que somos todos iguais, nos direitos, nos deveres, todos fomos criados à semelhança de Deus.

Dia para respeitarmos sempre a Mulher, que na imagem de uma vemos as mulheres de todo o Planeta Terra.

Dia para reconhecer o papel das Mulheres nas nossas vidas, por tudo quanto são, fazem, constroem, sempre prontas para ajudar.

Dia para nos relembrar que, sem a Mulher, o Mundo à nossa volta seria frio e escuro. São o Sol que nos ilumina e aquece os nossos corações.

Dia para levantarmos e erguermos as nossas vozes contra a discriminação da Mulher em tantos sectores da sociedade.

Dia de afirmarmos a sua beleza, dignidade e igualdade.

Dia de dizer que é impossível viver sem Ti, Mulher.

Dia de darmos beijos amorosos às nossas Mães, às nossas Esposas, às nossas Namoradas, às nossas Filhas e Netas, às nossas Irmãs, às nossas Sobrinhas, às nossas Noras.

Dia da Igreja olhar para a Mulher como fonte de Vida e não de pecado.

Dia para pedir as palavras do meu amigo Miguel Santos, de um poema publicado no seu Livro “AZENHA DERRUBADA”:

ÉS TU

“És tu que eu respiro a cada momento, és tu que me fazes sonhar, és tu que me fazes subir os degraus que nos levam à lua para falarmos com as estrelas, és tu que me queimas o corpo e me libertas a alma, és tu que me fazes pensar que posso viver para sempre, és tu que as minhas mãos tocam, que os meus olhos vêem e que o meu corpo sente.

É o teu cheiro que se mistura com o meu e se junta ao sal do meu corpo que me faz saber quem és sem te ver, é a tua voz que eu quero ouvir baixinho acompanhando o ritmo do meu coração, é o teu corpo que eu quero inteiro para ficar embriagado.

És tu que eu sinto de uma forma inteira. Não abdico de um só fio de cabelo teu, de uma só linha curva, de um só som da tua voz; Só assim posso entrar dentro de ti e plantar pequenas sementes dentro da tua alma que vão transformar-se em pequenas árvores e ganhar raízes.

Quero ouvir a tua voz até ao fim da minha vida, ouvir o meu nome da tua boca, quero permanecer para lá da vida dentro de ti para não ter medo da solidão. Tenho medo de deixar de te ver, de te sentir dentro de mim, por isso quero que as pequenas árvores cresçam.

Depois, continua a dizer o meu nome para eu te ouvir, di-lo baixinho que ninguém vai perceber, chama por mim.”

António Alves Fernandes

Aldeia de Joanes

Março/2018

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