JMJ Cracóvia 2016 : Testemunho de Susana Carolina

Como é possível uma semana passar mais rápido depois de  dois anos de trabalho? E foi assim que tudo começou, a dois anos quando nos falavam nas Jornadas Mundiais da Juventude que na altura eram apenas testemunhos de quem já tinha participado, nunca nos passaria pela cabeça que pudessem ir quinze de nós nesta grande aventura que foi e são as jornadas.

Pensei que seria mais fácil escrever que propriamente falar de tudo o que se passou, mas enganei-me. Acho que só agora é que me apercebi do quão difícil é descrever tão grandes emoções! Foram dois anos de trabalho, e dedicação para esta viagem, não sabendo que íamos tão grande grupo trabalhava-mos para que alguém nos fosse representar, e rezar por cada um de nós.

Mas graças ao trabalho e ajuda de quem tão carinhosamente foi contribuindo nós o Grupo de Jovens da Paróquia da Nazaré estivemos com o santo Padre. Podemos ouvir a sua voz, rezar com ele, sentir a emoção e oração de cada palavra que saia da sua boca.

Pessoalmente falando não tinha grandes expectativas de como iria ser este caminho, não tinha de forma alguma a mínima noção da carga de amor e energia de que as Jornadas nos iam dar. E que generosidades têm as pessoas, foi imenso o amor demonstrado em cada gesto de quem nos recebeu, que nos ofereceu a sua própria cama, nos disponibilizava a cada manhã comida em cima da mesa, água quente e um abraço reconfortante de cada vez que nos viam.

Tudo isto serviu para nos fortalecer, não só como pessoa e amigos, mas também como cristãos peregrinos, já muitos citam: -Queres conhecer um amigo faz uma viagem com ele.” E assim fomo-nos conhecendo ao longo desta viagem, qualidades e defeitos que nos fizeram perceber e amar mais o outro da maneira como é o próprio.

A saudade será eterna, quem é que agora nos dará as mãos para cantar com milhares de pessoas, “Jesus Christ you are my life”? Quem irá se voluntariar para desatar a cantar o hino dentro de um autocarro? Qual é a rua em que podemos passar e cantar com outras culturas? Pois…só o espírito das Jornadas leva a fazê-lo com tão grande naturalidade e alegria. Cada Pai Nosso quando rezado de mãos dadas, seja relembrado como um abraçar de Cristo que se foi demonstrando no sorriso de cada pessoa que se atravessou no nosso caminho.

Que todas as lágrimas que foram lavando o nosso rosto e acabaram caídas na terra dêem fruto e não sejam perdidas na emoção do momento. Lembremo-nos do que nos disse o Santo Padre, que não podemos ser jovens de sofá, levantemo-nos e gritemos que é grande a nossa fé e que estas jornadas foram exemplo e força de vontade para outras!

A Cracóvia ficará para sempre no nosso coração, mente e oração. Obrigada a todos aqueles que tornaram este sonho possível!

Susana Carolina

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