JMJ Panamá 2019: Testemunho de Soraya Reis

 Olá!

Esta foi a saudação mais ouvida ao longo desta semana maravilhosa. Chamo me Soraya Martins dos Reis, sou uma farmacêutica de 27 anos que mora numa aldeia chamada Casal Branco, pertencente à paróquia da Nª Sra. Das Misericórdias, em Ourém.

Estas foram as minhas primeiras Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Fui com 3 amigos (Célia Silva, Hugo Cruz e João Jordão), com os quais pertenço à equipa de dois grupos de jovens: Equipa Vicarial de Jovens de Ourém e aos Convívios Fraternos da diocese Leiria- Fátima. Todos eles já foram a outras JMJ, das quais falavam com muito entusiamo e alegria. E fiquei curiosa para perceber o motivo. Assim, aceitei este desafio, para conhecer um novo continente, um novo povo e viver esta aventura com amigos, ao encontro de Maria e Jesus. Alguém perguntava: “Sentem o peso de serem os verdadeiros representantes da nossa diocese?”. O João Jordão respondeu: “Não. A 2ª inscrição nas JMJ foi de Nossa Senhora de Fátima. Nós apenas seguimos a mãe do Céu. Ela sim é a verdadeira representante da nossa diocese.” Com a ajuda do padre André, o qual foi incansável e a quem desde já, agradeço do fundo coração, preparamo-nos física e espiritualmente para uma semana de encontro com Deus e com outros jovens, que como nós, foram dar testemunho da sua fé e dizer como Maria “Faça-se em mim segundo a tua palavra!”.

Depois de muitas horas de voo e de espera no aeroporto, chegamos finalmente ao Panamá, que nos recebeu com sorrisos e saudações “Bienvenidos!”. A alegria que se fazia sentir por toda a parte é indescritível. Apesar de estaremos longe de casa, todos nos faziam sentir acolhidos e verdadeiramente felizes por estarmos ali. O Hugo Cruz dizia: “Estas jornadas têm sido cheias de surpresas, a começar com o acolhimento. Não esperava ser acolhido por uma família, que ainda se disponibilizou para nos levar a passear.” Os panamenhos são um povo maravilhoso, alegre, prestável. Aqueles que nos acolheram, apesar de viverem em casas simples, cediam-nos o seu conforto e até mesmo a cama. Dá realmente que pensar! E não apenas o conforto da casa, mas estas pessoas queriam fazer parte da nossa vinda às JMJ. Perguntavam nos o que fizemos, se precisávamos de ajuda para o dia seguinte, ofereciam-nos a sua comida, companhia e tempo, que bem mais do que “coisas”, nos deixa sem palavras! A fé daquelas famílias, daquele povo é admirável.

Das JMJ é difícil dizer o que mais se destaca. Fiquei fascinada com tantos e tantos jovens, de todas as nacionalidades, que “saíram do sofá” e vieram rumo ao Panamá dizer “Eu acredito!”. E apesar do cansaço e do calor que, por vezes era quase insuportável, todos estavam alegres, todos cantavam, dançavam, falavam com outros jovens que não conheciam, cediam os seus pertences como forma de aproximação uns aos outros.

A Célia Silva comentou: “Está a ser uma experiência fantástica, cada JMJ é única, e saímos sempre com o coração mais cheio e enriquecido na nossa busca por uma relação mais próxima de Cristo.”

A vigília foi um dos momentos que mais me marcou. Sentados e deitados, num campo imenso, onde não tínhamos se quer um palmo de distância dos outros sacos de cama, milhares de jovens, faziam silêncio quando o Papa falava e quando adorávamos o santíssimo. Só quem vive esta experiencia consegue perceber o que descrevo. Por isso, faço o convite a todos os jovens: participem nas Jornadas Mundiais da Juventude e irão perceber como a felicidade custa tão pouco. A verdadeira felicidade é oferecida em sorrisos, palavras e gestos.

 

Soraya Reis