ROMA, sexta-feira, 7 de Janeiro de 2011 (ZENIT.org) – O mundo do cinema e o mundo católico estão ansiosos para ver o filme que o director Roland Joffé apresentará neste semestre, There Be Dragons (http://www.therebedragonsfilm.com), no qual tem um papel protagonista São Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei.

[media url=”http://www.youtube.com/watch?v=Op2HAM244tc”]

Trata-se de um drama épico, escrito e dirigido pelo cineasta britânico conhecido por filmes como “A Missão” (1986, com Robert De Niro) e “Os gritos do silêncio” / “Terra sangrenta” (vencedor de 3 prémios Óscar em 1985). O novo filme é ambientado na guerra civil espanhola, onde se enfrentam questões como santidade, traição, amor, ódio, perdão, assim como a busca do sentido da vida.

A trama mescla as histórias de soldados revolucionários, um jornalista, seu pai e o próprio Josemaria, chamado por o Beato João Paulo II, “o santo da vida quotidiana”.

Neste início de 2011, quando se celebram os 75 anos do inicio da guerra civil espanhola, Joffé partilhou com ZENIT as experiências deste filme.


ZENIT: A que alude o título do filme, There Be Dragons?

Roland Joffé: Os mapas medievais qualificavam os territórios desconhecidos com as palavras Hic sunt dragones, “aqui há dragões”. Quando comecei a pesquisar sobre o tema e a escrever o roteiro, dado que realmente não sabia o que me esperava nem como acabaria, “Encontrarás dragões” [tradução livre] me pareceu um título apropriado. Era como se saísse do meu mapa e entrasse num território inexplorado, ao tocar temas como a santidade, religião e política do século XX, o passado de outro país. Havia marcado a afirmação de Josemaria: Deus é encontrado na vida quotidiana, e essa vida comum, em seu caso, foi a guerra civil espanhola.

Perguntei-me: como é possível encontrar o divino na guerra? Mas a mesma pergunta se pode fazer sobre todos os desafios fundamentais da vida, e sobre a maneira em que os enfrentamos: como respondemos ao ódio e à rejeição, ou ao desejo de vingança e justiça. Todos esses dilemas aumentam em tempo de guerra. Esses dilemas são, em certo sentido, os “dragões” de o filme, momentos de inflexão em nossas vidas, em que enfrentamos opções decisivas. Opções que afectarão nosso futuro. “Encontrarás dragões”  fala das diferentes opções que as pessoas assumem nesses momentos de inflexão – tentações, se preferir – e o difícil que é – necessário – fugir dos ciclos de ódio, ressentimento e violência.

[document file=”http://padrehugo.com/wp/wp-content/uploads/2011/05/Guiah.pdf” width=”600″ height=”400″]