37º ENCONTRO DA AFAI-ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DOS IMPOSTOS
Aconteceu em Outubro mais um Convívio da Associação dos Funcionários Aposentados das Finanças do Distrito de Castelo Branco, com os seus familiares. Uma Associação com órgãos sociais, onde se destacam dois dos seus membros, grandes impulsionadores destes encontros, António Bento Duarte e Filipe Borges, sem esquecer como é óbvio os outros colaboradores.
Com um Programa bem definido, o autocarro chegou à Batalha para uma visita guiada. Na viagem pela A23 avistamos as colinas do norte do Castelo de Abrantes e ficámos a saber que naquele histórico local estiveram acantonadas as tropas militares de D. Nuno, seguindo para a triunfante Batalha de Aljubarrota.
Iniciou-se o périplo com uma concentração junto à Estátua do Santo Condestável, montado no seu cavalo lusitano. Álvares Pereira foi um dos grandes Heróis da História de Portugal, um Guerreiro, um Senhor Feudal e um Santo, numa vivência de 71 anos. Homem de grande resistência física, determinado e ambicioso, cedo ficou viúvo. Foi um grande condutor de soldados com tácticas militares que aprendeu dos Veteranos da Guerra dos 100 Anos, originárias dos princípios do Século XIV em Inglaterra.
Foi um Senhor Feudal, possuidor de grande património e riqueza, benesses que a Coroa Régia lhe concedeu pela sua lealdade e sucesso em diversas batalhas com os castelhanos.
Na certeza de que a sua salvação passava pela doação de bens à Igreja, mandou construir o Convento do Carmo em Lisboa, cujas obras se prolongaram por trinta anos, ofertou-o à Ordem dos Carmelitas, ali viveu, morreu em 1431, e foi sepultado em campa rasa. No dia 6 de Novembro é Memória Obrigatória em toda a Igreja Católica e recordado como Santo em muitas instituições nacionais.
Na visita ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, sabemos que na sua construção estiveram dois Homens da Beira Baixa, o Arquiteto Mateus Fernandes da Covilhã e Luís Mouzinho da Silveira com ligações ao Fundão. Durante duas horas são explicadas as colunas, as paredes, os vitrais, as salas, os seus objetos, quadros e a Sala Tumular Régia e dos Infantes da Enclítica Geração, terminando com a chave de ouro nas Capelas Imperfeitas; para muitos estrangeiros, as Capelas Incompletas.
Não é por acaso que o Mosteiro da Batalha é Património Mundial da Humanidade, de acordo com o nosso guia o segundo Monumento mais visitado de Portugal.
Aproximou-se a hora do almoço, servido num restaurante local, um restaurante-museu. À nossa volta regressávamos ao mundo rural, observando diversas ferramentas e um lagar de azeite antigo. Há sempre um beirão à espera de outros beirões. Assim somos servidos por um conterrâneo ali radicado, com saudades da sua aldeia natal no Concelho do Fundão.
À tarde, de regresso às nossas residências, paramos na Cova da Iria, onde estão milhares de pessoas: uma visita à Capela das Aparições e Santuário, a compra de alguns objetos religiosas, o cumprimento de uma promessa, a mera presença no Ano Centenário das Aparições da Virgem aos três pobres pastorinhos. Este ano já passaram por este altar planetário cerca de 50 milhões de pessoas.
Em espírito fraterno chegamos a nossas casas e despedimo-nos com um abraço. O próximo convívio será em Aldeia de Joanes – Fundão, no dia 2 de Dezembro, com almoço Natalício e uma visita à história deste território rural e urbano.
Até ao próximo encontro e convívio…
António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes
Novembro/2017