E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo. (cf. Jo 6,41-51)
Deus criou-nos com a capacidade de O conhecer,
não como uma presença que se impõe claramente,
mas como um mistério de amor que só o coração da fé intui!
A grandeza deste mistério de amor que nos envolve,
fica turvada pela a tentação humana de a apequenar
e a circunscrever à dimensão dos nossos pensamentos.
Por isso, somos assaltados pela murmuração e o desprezo,
quando o Filho de José e Maria se diz “vir do Pai” eterno
e o Condenado continua a amar quem O crucificou!
Ó Pão da vida, quanto de Ti ainda tenho de me alimentar!
Anda o mundo a lutar para ver quem fica por cima
e Deus a ensinar-nos a agir a partir do alto,
elevando o nosso olhar como estagiários do Céu
e aprendizes da arte de amar descentrados.
Anda o mercado a arquitetar formas de nos tornar dependentes
de produtos que não temos necessidade e não acrescentam vida!
Anda a modernidade a dizer que ser livre é fazer o que se quer,
mesmo que seja o mais fraco a sofrer a insensibilidade do capricho!
E assim a vida arma-se de medo para ver quem vence!
Pai de verdade, ensina-nos a ser filhos como o Teu Filho
e a viver segundo o seu Espírito de oferta de amor.
Messias, enviado do Céu, abre os nossos olhos à fé
para que Te reconheçamos no irmão mais humilde
e Te escutemos na palavra do Evangelho.
Espírito de luz, ensina-nos a contemplar a Cruz
e nessa Palavra silenciosa a sangrar de amor incondicional,
possamos encontrar o Pão que alimenta o amor eterno!
Pe. José Augusto