2016 – JORNADAS DA FRATERNIDADE NUNO ÁLVARES PEREIRA
As Jornadas da Fraternidade Nuno Álvares Pereira – um grande evento com debates e conferências de diversos intervenientes e dirigentes -, contaram com as presenças do Bispo de Castelo Banco/Portalegre, do Presidente e Vice-Presidente da Fraternal, da Presidente de ISGF, o organismo mundial dos antigos escuteiros e do Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas.
Um dirigente do CNE fez uma análise histórica da FNA, apontando quatro ideias interessantes.
A primeira assenta no Escutismo de Saudade, a fim de perpetuar a gratidão extraída da vivência escutista.
A segunda, a Fraternidade como uma reserva territorial, um reservatório de adultos à disposição do Corpo Nacional de Escutas.
A terceira, a receção de propostas de intervenção da Fraternidade.
A quarta e última, a criação de uma equipa de promotores e protetores, transmitindo testemunhos positivos do Escutismo e a sua promoção.
José Luís, Presidente Regional de Braga, região com mil associados no ativo da FNA, apresentou uma reflexão histórica sobre a Fraternidade. Embora com 61 anos, a atual FNA só arrancou em 1975, participando no ACNAC de Ílhavo em 1978, conjuntamente com o CNE.
Com a tentativa de autonomização da FNA (que existia nos estatutos e regulamentos do CNE e tinha um representante na Junta Central), o CNE retira em 1980 a FNA do seu seio em termos estatuários.
Em 2003 a FNA foi admitida na fellowship, organismo do escutismo mundial adulto.
Em 2004 a FNA organizou em Mangualde o seu primeiro ACANAC, independente do CNE. Foi dado um grande passo na autonomia, pois foram aprovados os novos estatutos e regulamentos da FNA, obrigando o uso de uniforme (até aí só se usava lenço). Nesses estatutos, os cônjuges perderam o vínculo de membros de pleno direito.
Em 2005 foi aprovada a nova insígnia.
Em 2012, nas Jornadas de Aveiro, concretizou-se a afirmação do movimento como escutismo adulto, assente em três pilares fundamentais: Missão Escutista, Cidadania e Voluntariado; Proteção da Natureza e do Meio Ambiente; Vivência da Fé Católica. Surgiu um mau estar com o CNE, resolvido graças às intervenções da Direção Regional de Braga (FNA) e da Junta Regional de Braga (CNE). Neste aspeto, deve salientar-se o Chefe José Luís pelo trabalho de pacificação e aproximação, contribuindo para a melhoria das relações institucionais. Não é por acaso o seu sucesso na adesão de fraternos em Braga. Também nesse ano foi lançada a proposta de puderem ingressar no movimento voluntários católicos, organizando-se para esse efeito uma comissão de estudo.
Entre 2014 e 2015, foi nomeada uma equipa de trabalho para rever os estatutos, tendo sido feito um trabalho aprofundado.
Em Março de 2016, foram aprovados os novos estatutos e regulamentos, homologados pela conferência episcopal a 30 de Outubro de 2016.
Nas Jornadas do Porto foram organizados grupos de trabalho, foram debatidos vários pontos: Reflexão, Missão, Valores e Compromissos.
Na parte final foi entregue o primeiro diploma de mérito “ O Velho Lobo”, reconhecendo um fraterno, que durante o ano de 2016 se destacou na área do ambiente: Henrique Pereira do Núcleo de Vila Real. Durante a cerimónia de entrega, o Núcleo da Covilhã apresentou um documentário sobre a Serra da Estrela, abordando alguns dos principais problemas ambientais e algumas das maravilhas deste ecossistema, assim como também apresentou algumas das atividades realizadas pela FNA, nomeadamente o plantar um milhão de carvalhos na Serra da Estrela. O Núcleo de Vila Real apresentou um vídeo da Serra do Alvão e de algumas intervenções realizadas no âmbito da atividade “Criar raízes”.
As próximas jornadas serão daqui a três anos, ainda sem programa nem convidados para o efeito.
António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes
Novembro/2016