23º Domingo do Tempo Comum

Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. (cf. Lc 14,25-33)
Jesus encarna, renunciando a todos os seus bens:
a eternidade, a visão do Pai, o poder, a sabedoria…
E Jesus toma a sua cruz da dependência, da aprendizagem,
da fragilidade, da fé, da paciência, da não correspondência,
da traição, da tortura, do perseguição, da morte na cruz!
É a sua fidelidade a Deus e a renúncia à idolatria
que faz que seja capaz de concluir a missão recebida!
Este é o nosso desafio agora: concluir o que começamos,
sem nos perdermos pelo caminho, nem desistirmos!
Que frutos está a dar a caminhada cristã
que iniciámos no Batismo e prosseguimos noutros sacramentos?
Habituámo-nos a viver a crédito,
com olhos maiores do que a barriga!
Isso nota-se nas dívidas dos estados, empresas e indivíduos,
mas também no consumismo sem discernimento:
sentar-se para ver da necessidade e oportunidade,
e calcular a despesa e possibilidades de pagar!
Quando se trata da caminhada de fé, muitas vezes,
também se pensa em tudo para a festa do sacramento
e nada como dar-lhe continuidade e alimenta-lo na vida!
Por isso, muitas etapas cristãs na história da pessoa,
são como os edifícios fantasmas que terminaram no dia
da sua inauguração, com pompa e circunstância!
Senhor Jesus, que soubeste levar até ao fim a tua missão,
envia-nos o teu Espírito e conduz-nos com a sabedoria dos frutos
e não da ambição momentânea e descontínua!
Cristo, que aceitaste renunciar a tudo para ser livre para amar,
ensina-nos a arte de renunciar ao que nos prejudica
e nos torna consumo-dependentes, sem liberdade!
Dá-nos lucidez para o verdadeiro valor das coisas
e para aproveitarmos os instrumentos que nos dás
de alimentar a nossa fé, de purificar o nosso amor
e de entregar a nossa vida, acumulando tesouros no Céu!
Pe. José Augusto
15355096119_711f896c71_z (2)