24º Domingo do Tempo Comum
Não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados? (Sir 27, 33 – 28, 9)
A compaixão de Deus é uma lição de amor.
Na sua misericórdia nos refazemos e curamos,
na alegria de sermos perdoados aprendemos a perdoar.
A aliança que nos é proposta por Deus,
nada mais é do que amar sempre,
resistindo à tentação do ressentimento, ódio e vingança.
Alimentar o rancor como ferida de estimação
é virar as costas à Cruz e à nova aliança selada por Cristo.
Amar sempre, mesmo que doa, é viver sempre no Senhor!
É normal que haja desencontros, palavras impróprias,
atitudes egoístas que ferem, olhares que mentem,
temores escondidos que atacam e gritam…
A todos nos salta a tampa quando fervemos em pouca água,
ou nos dói os orgulho,
ou vemos no outro uma ameaça em vez de um irmão.
Mas como ficamos contentes quando nos perdoam
e compreendem um mau parêntesis da nossa história.
Olhamos para Deus e sabemos
que seremos perdoados e compreendidos;
olhamos para os que nos ofendem
e fixamo-nos na nossa ferida
em vez de olharmos o irmão com compaixão de Deus!
Senhor, a fidelidade do teu Coração é um amor sem medida,
por isso, posso aproximar-me de Ti, arrependido do pecado,
porque sei que me espera um abraço, uma mão que levanta,
uma palavra que conforta e anima, um envio a perdoar!
Jesus, a cruz mostra que és Filho do Amor
e, quer vivas no Céu ou vivas na Terra,
quer sejas acolhido ou sejas rejeitado,
bebes sempre da mesma Fonte, és sempre Aliança!
Envia-nos o teu Espírito e ensina-nos a perdoar sempre,
para que o nosso coração seja espelho do Teu
e nos tornemos embaixadores da misericórdia,
como quem busca lírios silvestres em tempo de Inverno!
Pe. José Augusto