Na sua grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos. (cf 1 Ped 1,3-9)
O pulsar da história está marcado pela misericórdia divina.
É um pulsar trinitariamente divino e eterno,
que não se vê nem se controla, mas surpreende a vida como dom,
como o coração anima impercetível a vida dum corpo.
É Jesus, Filho gémeo deste Pai misericordioso,
que dá rosto e coração humano ao Amor divino
e nos dá o seu Espírito para que a vida pulse comunhão.
Reanimado por esta Fonte de vida Pascal,
o cristão é salvo da morte misericordiosamente
e respira esperança numa comunidade de fé solidária.
Só a misericórdia divina nos pode salvar da crueldade da cruz.
Sem ela, não é possível a paz nem a reconciliação,
tudo é torrente de vingança, terror de ferro, destruição da alegria.
Há pessoas e nações que se deixam possuir por esta raiva
e geram morte e dor, num pulsar trucidador da esperança.
O egoísta sofre por não se sentir amado e vinga-se,
querendo fazer infelizes todos os outros.
O mundo precisa de sentir nos cristãos
o pulsar da esperança que nasce da misericórdia.
Senhor Jesus, doce dom da paz, dador dum Espírito novo,
restaura em nós a esperança e cura-nos do desamor.
Faz da Igreja fermento profético que evangeliza a vida,
cura a indiferença, alimenta a reconciliação e promove a justiça.
S. João XIII e S. João Paulo II intercedei por esta Igreja peregrina,
para que seja amplificação deste pulsar divino da misericórdia
que sustenta a história com o sangue da aliança e do perdão.
Pe. José Augusto Leitão