Aprendei a parábola da figueira. (cf. Mc 13,24-32)
Jesus desperta-nos para a esperança do encontro,
a partir dos sinais do tempo presente.
O brotar das folhas na figueira revela a estação da Primavera,
mas Jesus não quer que nos fixemos nas folhas da aparência,
mas que desejemos o Verão, estação dos frutos.
É no Verão que a figueira se revela resistente ao sol ou não,
com muitos ou poucos frutos, figos doces ou amargos!
Aprender com a parábola da figueira é viver o presente,
com o olhar no futuro, viver na fé desejando o encontro,
andar à luz do sol e das estrelas procurando ser luz do mundo,
viver nas aparências, mas tendo o verdadeiro tesouro no coração.
A alegria da figueira é que Jesus a encontre com figos maduros! (Mt 21,18-19)
O consumismo incentiva-nos a comprar agora e a pagar a crédito.
Vai-se tentando adiar a juventude com plásticas e medicamentos.
O estudante goza a camaradagem do momento com vigílias de prazer,
esquecendo que os exames se vencem após duro tempo de estudo.
Os namorados entretêm-se com beijos e banalidades de primavera,
em vez de prepararem o Verão da maturidade no amor e no diálogo.
Os políticos, para assegurarem o poder, prometem um presente de sonho,
esquecendo a sustentabilidade e escondendo a verdade que nos espera.
A imediatez quer fazer da natureza uma fábrica rápida e em série,
sem dó nem descanso, esquecendo as gerações futuras!
Como temos que aprender com a parábola da figueira!
Senhor, agricultor que nos plantaste neste jardim de encontros,
aumenta a nossa fé e ajuda-nos a caminhar na fraternidade.
Cristo, que vieste, que vindes e que haveis de vir,
ensina-nos a estar vigilantes e atentos ao teu bater da nossa porta,
para que nos encontres fecundos de santidade e de caridade.
Desperta-nos, Senhor, nas distrações do tempo presente!
Que o teu Espírito crie em nós uma cultura de encontro
e um sentido de verdade e fidelidade, que serve a justiça e a paz.
Pe. José Augusto