7º Domingo da Páscoa – Ascenção do Senhor
Foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. (cf. Mc 16,15-20)
Jesus é a encarnação da divindade a nascer homem novo
e a elevação da humanidade à condição da filiação divina.
A nuvem do mistério esconde-O antes e depois da encarnação,
mas a glória do seu coração palpita amor eternamente.
Em Cristo, já temos todos a Cabeça recostada na do Pai
e, pelo seu Espírito, cresce em nós pés de evangelizador.
A Igreja torna-se Maria a gerar novos filhos de Deus, no Filho,
testemunhando a Palavra e continuando a missão de a todos elevar.
As Nações Unidas definiram oito objetivos de desenvolvimento.
Estes são fundamentais pois nos elevam da pobreza,
do analfabetismo, da descriminação, da morte infantil e materna,
das doenças mortais e endémicas, dos desequilíbrios ambientais
e do egoísmo que deixa os mais fracos para trás.
Mas o verdadeiro desenvolvimento é a cristificação da humanidade,
que nos ensina a olhar para lá das nuvens,
a ver no outro um irmão, a tomar a iniciativa de amar gratuitamente.
A verdadeira globalização não é feita pelos meios de comunicação,
nem por leis que nos obrigam a respeitar o outro diferente,
mas por um olhar novo e um coração novo que fraterniza a relação.
Pai de bondade, que para todos preparaste um lugar ao teu lado
e, por isso, enviaste o teu Filho a ser porta e caminho do céu,
envia-nos o teu Espírito para que curemos a cegueira onde vagueamos
e colaboremos na festa da nossa salvação em Cristo.
Faz de nós membros vivos e ativos do Corpo de Cristo,
com o coração sempre ao lado da Trindade
e os pés e as mãos sempre a falar do verdadeiro desenvolvimento.
Eleva-nos, Senhor, da rotina da máquina de trabalho,
dos ideais de consumo idolátrico e do prazer egoísta,
das muralhas do medo e dos planos mortíferos.
Com Maria, ensina-nos a correr para anunciar boas-novas.
Pe. José Augusto