‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’ (cf. Lev 19,1-2.17-18)
A santidade de Deus é a plenitude do amor.
Nele não há ódio, nem vingança, nem rancor.
Tudo é desejo de salvação, cura do que está doente,
paciente e repetido perdão, proposta de aliança eterna.
Ser santo, como Deus é santo, é seguir Jesus
e entrar nesta dinâmica de amor que responde ao mal com o bem,
como a concha faz da agressão uma pérola preciosa.
A vida de relação tem palavras desajeitadas,
atitudes inconvenientes, gestos agressivos que ferem.
É inevitável que assim aconteça, pois estamos a aprender a ser irmãos.
Cada desencontro revela uma imaturidade ferida, escondida em nós,
mas é também uma oportunidade a evangelizarmos.
Se aceitamos que uma ofensa nos paralize na ira,
a nossa capacidade de amar acidifica de ódio e vingança,
e desencadeia-se um estado de guerra contra a alegria de viver,
e a ecologia da paz interior, à nossa volta e com Deus.
Senhor Jesus, revelação divina dum coração humano puro de amor,
cura-nos do egoísmo e medo do outro, até à raiz do nosso ser.
Ensina-nos a aproveitar cada desencontro para um crescimento mútuo
na capacidade de amar, perdoar, de fraternizar o olhar e a relação.
Dá-nos o auxílio do Teu Espírito de santidade,
para aprendermos a amar os inimigos e a rezar pelos que nos perseguem.
Da-nos o dom libertador do perdão e um coração que só sabe amar.
Pe. José Augusto Leitão