Caros, familiares, paroquianos, amigos, e por ventura tu que nunca me viste ou ouviste.
Celebro hoje, de modo especial, o sexto aniversário de ordenação sacerdotal.
É tempo de parar, tempo estar presente, tempo de escutar os homens e mulheres, e tempo de agradecer a Deus.
Sim, é tempo de parar. É tempo de me voltar a prostrar. É tempo de me levantar e serenamente olhar para ti. Continuar a ver Teu rosto sorridente, e o teu olho a piscar. Sentir a luz da ressurreição, a iluminar, a centrar a vida, e a orientar a vida, que só Tu Senhor me dás.
Sim, é tempo de estar presente. Estar perto daqueles que Te são indiferentes, talvez e só porque não conhecem o Teu Amor. Estar com simplicidade, humildade, e com a Tua beleza. Esta convida à abertura da mente e do coração, convida a gestos concretos, e permite saborear horizontes de eternidade.
Sim, é tempo de escutar. São diversos os gritos de hoje. Por mais que me chamem o dom da ubiquidade não é para mim. Concede-me (e só) o discernimento para escutar aqueles gritos silenciosos de quantos se encontram nas periferias da vida. Quero que Tu me ensines a ser mestre da escuta. Que me permitas ter as mãos estendidas, que levantam do chão; da pobreza, do abandono, da marginalidade… Enfim, ser sinal da Tua misericórdia.
Bem-Haja por Seres o meu(e de todos) Deus. E permite que viva sempre a testemunhar a Tua Palavra: “Alegrai-vos sempre no Senhor” Fil 4, 4.