5º Domingo da Quaresma

Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar». (cf. Jo 8,1-11)

 

Jesus é o sacramento da misericórdia eterna e paciente de Deus.

Deus conhece o nosso íntimo, os seus podres e os seus brilhantes,

não para nos apanhar em falta e nos condenar,

mas para nos bater à porta e nos convidar à conversão.

Ele escreve no chão os nossos pecados,

que o vento da misericórdia apaga e anima à vida nova!

Jesus não branqueia o pecado e a infidelidade,

mas também não fecha a esperança da salvação a quem pecou!

 

A nossa sociedade só traz o mais fraco para o centro,

quando se trata de o julgar, condenar, criticar,

fora disso, é esquecido, não assistido, desvalorizado!

É assim com a mulher, com a criança, com o feto,

com o idoso, com o deficiente, com o doente crónico,

com o refugiado, com o mendigo, com o desempregado…

Muitas vezes são considerados lixo da humanidade,

que incomodam, estragam a paisagem e ameaçam o egoísmo!

A desvalorização de alguém facilita relações desumanizantes,

sem grandes problemas de consciência, explorando,

escravizando, culpabilizando, perseguindo, matando…

O passo seguinte desta falta de amor é a legalização destas práticas!

 

Senhor, omnipotência que eleva e ama a todos,

obrigado porque a tua misericórdia faz da nossa vida,

uma história de salvação, de reabilitação, de levantar de quedas!

Cristo, Filho do Deus vivo e rosto da misericórdia,

louvado sejas pelos sacramentos da nossa reabilitação,

sempre disponíveis e gratuitos quando há conversão!

Ajuda-nos a não ser polícias, armados em juízes do irmão,

sempre prontos a condenar, a rebaixar e a maldizer.

Faz de nós irmãos, cuidadores e protetores do mais fraco,

empenhados em salvar o que anda perdido e moribundo,

em curar e recuperar o que está partido e doente!

Cura-nos, Senhor, e põe-nos a caminho da tua Páscoa!

Pe. José Augusto