Obviamente, a família teve um papel fundamental na recuperação. Estando fechado em casa, era necessário ter um ambiente motivador. Caso contrário, teria que ser forçosamente hospitalizado.
E, como os marinheiros, esse “refúgio” acabou sendo fundamental até a “tempestade” se acalmar. A melhor lição que aprendi deste triste episódio da minha vida foi a importância da nossa família núclear como factor de estabilidade emocional.
O prazer da companhia, socializar, mal-entendidos, as “nossas” vozes, acabam-nos dando o “alimento” suplementar que nos transporta para a razão e o equilíbrio do pensamento. Mais do que remédios, a família nesse caso acabou sendo “sagrada”, como os nossos ancestrais me ensinaram.
E eu sou sincero. Nunca, mas nunca, eu pensei nisso!
No entanto, a parte fisiológica também tinha uma preocupação médica. Era necessário melhorar a conexão entre o cérebro e os membros. A medicação, nesses casos clínicos, não promove a calma ou o sono. É o oposto. Então, tomei serotonina e, de facto, complementei o tratamento com sucesso. Infelizmente, esse tipo de distúrbio mental é muito frequente em nossos dias, principalmente apoiado em problemas sociais como no trabalho e na família.
O equilíbrio é muito difícil nos tempos modernos e a instabilidade está-se proliferando na sociedade. É uma questão de tempo, de facto!
Estas doenças são motivadas por dois aspectos principais: pressão no apoio ao trabalho, devido à consequente redução de custos e, por outro lado, nenhum exercício físico para alterar o estilo de vida sedentário.
Em Portugal é frequentemente esta situação, nomeadamente em gerentes ou diretores. As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte neste país.
Luanda, 08 de Agosto de 2020
António José Alçada