Servo mau, perdoei-te tudo. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro? (cf. Mt 18,21-35)
Somos de Deus, quer vivamos quer morramos,
quer pequemos quer caminhemos na santidade!
Para Cristo ninguém é ex-irmão, ex-amigo!
Quando há suplica de perdão, há dom de misericórdia.
Mas o pedido de perdão supõe a experiência do pecador e da graça,
que devemos aprender para quando formos nós a perdoar!
Caso ainda não tenhamos aprendido a perdoar,
apesar de perdoados, somos servos maus e empertigados!
A vida são dois dias e nós uns aprendizes da relação.
Umas vezes somos ofensores outras ofendidos,
e as feridas não se curam com novas feridas,
mas com o bálsamo do amor e do perdão.
O ressentimento e a vingança fazem mal
a quem tal alimenta e inferniza a vida do outro.
É o círculo de ódio e de guerra que se autoalimenta!
Senhor, bom Pai e olhar compreensivo e misericordioso,
obrigado por tantas vezes me teres perdoado,
abraçado, abençoado, levantado, enviado.
Perdoa as vezes em que não aprendi contigo a perdoar,
e amuei ressentido, congeminei vinganças e fui agressivo.
Dá-nos um coração bom e a ciência do amor,
para não perder a paz e saber rezar por quem nos ofende.
Padre José Augusto