Domingo da Epifania

Por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo. (cf. Ef 3,2-3a.5-6)

 

Deus revela-se com luz da nações, em seu Filho.
Revela-nos o Seu amor escondido e ilimitado.
Ele que desde a eternidade nos busca,
espera-nos pacientemente na gruta de Belém,
conduzidos pela estrela da saudade do encontro
e pela bússola da Palavra dos profetas.
A revelação é espiritual, mas o discernimento é eclesial.
 
A cultura da velocidade e do entulho consumista,
desertifica a paz e o sentido da vida.
As experiências místicas tornaram-se estrelas procuradas.
Compram-se pacotes de ioga, spas, aromas e incensos,
como áreas de descanso nas autoestradas sem norte.
Outros acomodam-se às Jerusaléns das suas Igrejas e religiões;
sabem tudo sobre Deus e Belém, mas deixaram de buscar,
fizeram dos seus palácios a meta da sua sede de infinito.
Deus revela-se aqueles que o procuram insaciavelmente
e o buscam de coração sincero!
 
Senhor Jesus, epifania do amor divino que nos procura,
alarga os horizontes da sede de Te encontrar
e abre os nossos olhos às estrelas que nos conduzem a Ti.
Faz de nós especialistas da Palavra de Deus,
com pés de peregrinos e joelhos contemplativos.
Cria em nós espaço para a surpresa do Teu Rosto novo
e abre o nosso coração à oferta do dom e do amor
a um Deus feito Menino e ao pobre necessitado de carinho.
Pe. José Augusto