26º Domingo do tempo Comum
Tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração. (cf. Fil 2,1-11)
A ternura e a misericórdia de Deus,
e a comunhão no amor do Espírito Santo,
revelaram-se na consolação redentora e nos sentimentos
com que Jesus condimentou e fermentou a vida humana.
É o mistério alegre duma vida trinitária em família
que constrói a unidade no respeito pela diversidade.
É a proposta que, hoje, Jesus nos faz, com ousadia:
trabalhar na vinha do Senhor com humildade e fidelidade,
unidos na mesma fé, conjugando carismas e ministérios,
sem vanglória carreirista, obedecendo apenas à caridade.
A vida está cheia de sins sem correspondência na vida:
é o sim do Batismo gravado em fotos, mas não no coração,
é o sim do Crisma abafado pelo desejo de autossuficência,
é o sim à conversão, não refletido nas opções concretas,
é o sim à Eucaristia, não correspondido com o amor ao próximo,
é o sim ao matrimónio, querendo continuar a viver como solteiro,
é o sim ao sacerdócio, mas um não a servir como bom pastor,
é o sim à consagração, travado pelo hedonismo e o consumismo.
Deus espera ansiosamente que façamos do nosso não um SIM fiel.
Senhor, misericórdia infinita numa fidelidade eterna,
liberta-nos da teimosia infantil de só Te sabermos dizer não.
Cristo, altíssimo e omnipotente que Te fizeste pequenino,
para melhor chegar a nós e nos ajudar a crescer no amor,
ensina-nos a arte de fazer da vida um Sim à vontade do Pai.
Espírito de comunhão, recria-nos unidos e incorporados em Cristo,
respirando os mesmos sentimentos de humildade e serviço,
de unidade e solidariedade, de paz e perdão, de louvor e gratidão.
Pe. José Augusto