No Salão Polivalente da Creche/Jardim de Infância, uma mensagem destacável: “ A Santa Casa da Misericórdia de Alpedrinha, desde o Séc. XIV ao Serviço dos Outros na Construção do Bem Comum”. Segundo dados históricos é por iniciativa do Cardeal de Alpedrinha, D. Jorge da Costa, que se fundou esta Instituição em Junho de 1508.

Do programa do Dia da Instituição, levado a efeito, salienta-se o descerramento de uma fotografia de Maria Celeste Jerónimo, que por motivos de saúde fez-se representar neste ato, pelos seus filhos, Ana Paula Rodrigues Rocha Jerónimo e José Fernando Lopes Rocha.

José Ferreira Rodrigues, em breves palavras, salientou que, “ é com grande prazer e com muito regozijo, ver colocar nesta casa, a fotografia emoldurada de uma funcionária que soube merecer por mérito profissional, pela sua dedicação às crianças e pelo seu orgulho de fazer umas das melhores Creches e Jardins de Infância do nosso Concelho, no seu tempo. Foi ela a pioneira desta grande obra, com o seu dinamismo, com o seu entusiasmo, com a sua entrega total a este projeto…”

O seu filho muito emocionado, também beneficiou enquanto criança destas instalações, guarda as melhores recordações, agradecendo a homenagem à sua mãe.

No Salão Polivalente procedeu-se à entrega dos diplomas aos trabalhadores, que completaram vinte e cinco anos de serviço na Misericórdia. Para memória futura, aqui ficam registados os seus nomes: Maria Rocha Mendes Pires natural da Capinha, Teresa Batista Maria Grilo, de Alpedrinha e José Trindade Grilo, de Alpedrinha.

O Presidente da Assembleia Geral da Misericórdia de Alpedrinha, destacou a dedicação e a alegria com que sentem esta instituição, dando ainda uma palavra de apreço para todos os funcionários da Instituição.

O Presidente da Junta de Freguesia, em nome do Povo de Alpedrinha, que legitimamente representa, enalteceu o valioso trabalho desenvolvido nos campos da educação e de apoio aos idosos, corporizado pela dedicação dos funcionários que têm como lema “O querer, o saber e o carinho”. Esta Instituição “poderá contar sempre com o nosso apoio”, concluiu o Presidente da Junta, Carlos Alberto Martins Ventura.

Alcina Cerdeira, Vereadora da Cultura e do Apoio Social da Camara Municipal do Fundão, sublinhou a importância da Misericórdia de Alpedrinha que com mais de quinhentos anos continua a missão de apoio às comunidades a vários níveis.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Carlos Bragança, encerrou a sessão, fazendo uma pequena resenha histórica da Instituição, elogiando o trabalho e dedicação de todos os funcionários. Aquele responsável acrescentou que realização deste evento se justifica “para ter memória, ter passado, ter presente e principalmente ter futuro”. Salientou ainda que a sul da Gardunha a Misericórdia de Alpedrinha é a maior empregadora, com cinquenta e sete funcionários. Em tempos escolares confeciona diariamente quinhentas refeições e as viaturas fazem cerca de trezentos quilómetros diários.

Tarde de domingo, dia 13 de Julho, a Irmandade da Misericórdia de Alpedrinha, cumpria o programa das suas celebrações, com gestos simples, mas carregados de significado.

Com o momento musical, proporcionado pela atuação do Coro Intermezzo do Fundão, que durante algum tempo fez esquecer os barulhos e ruídos que se recebiam de toda a comunicação social, sobre a final do Campeonato do Mundo, no Brasil, e as notícias dos bombardeamentos entre Israel e o Povo Palestino, fechou-se o programa, molhado com um porto de honra, no suave, melancólico e vegetativo espaço ao ar livre da Creche/ Jardim de Infância.

Enquanto isso, a estátua do Cardeal de Alpedrinha, D. Jorge da Costa, notável figura do renascimento português e fundador desta Santa Casa, continua refugiado num esconso lugarejo na Igreja da Misericórdia, aguardando a transferência para um espaço mais digno da vila, onde goze do estatuto de figura ímpar da História da Igreja, da Beira Baixa e de Portugal.

António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes
Julho/2014