Os bispos do Porto e da Guarda mostram-se preocupados com a justiça social, depois do governo ter anunciado o imposto extraordinário sob o subsídio de Natal
«Quero acreditar que, para se tomar uma medida destas, foi absolutamente necessário fazê-lo», afirmou o bispo do Porto. Manuel Clemente espera que a medida seja de facto útil, mas diz que há uma parte da população a quem não se pode pedir mais sacrifícios, disse à Rádio Renascença. «Agora é necessário complementá-la com outras medidas que minorem os seus efeitos sobre aquela parte da população que não pode ser mais agravada, nem mais perturbada», disse, à margem de uma conferência promovida pela TSF, no Porto.
A medida «não salvará o país», salienta o bispo da Guarda. No entanto, Manuel Felício sublinha que «se ajudar já será bom» pois não gostaria de ver passar-se em Portugal o mesmo que está a acontecer na Grécia. «Se encontrarmos mecanismos para distribuir os sacrifícios, está bem. Eu quero fazer sacrifícios com objectivos, mas de forma equilibrada. Evidentemente que se me pedem só a mim e não aos outros, ou se pedem a quem menos tem porque os outros sabem encobrir a sua situação, eu já fico menos contente», defendeu.
in: http://www.fatimamissionaria.pt/ Texto Lucília Oliveira | 01/07/2011 | 18:57