FUNDÃO – ENCERRAMENTO DA PORTA SANTA NA IGREJA MATRIZ
A data de 3 de Abril foi muito oportuna na escolha para celebrar, no Arciprestado do Fundão, a peregrinação à Igreja Jubilar e encerramento da Porta Sagrada.
Nesse segundo domingo da Páscoa, celebrava-se a Festa da Divina Misericórdia, por decisão em 2000 do Papa João Paulo II. Aliás, este domingo, nos primeiros tempos do cristianismo, era celebrado por todos aqueles que tinham sido batizados na Vigília Pascal e já podiam assistir à Eucaristia sem as vestes brancas. Também apelidado do Domingo Oitavo, oito dias depois da Páscoa e ainda de Domingo de S. Tomé, a personagem mais importante do Evangelho desta festividade.
As cerimónias, presididas pelo Bispo da Diocese na companhia de algum presbitério (com ausência de diácono), iniciaram-se na Capela de Santo António em procissão encaminhada para a Igreja Matriz. Algumas paróquias (poucas) sinalizavam a sua presença com alguns estandartes de cariz religioso.
À entrada do templo, um Coro cantava salmos de louvor ao Senhor. Aprendi que os salmos são poemas, são Palavras de Deus, são orações. Quando musicalmente bem concebidos nas liturgias da Igreja (no Fundão assim aconteceu), são ecos da alma, são meditações coletivas.
O Bispo da Diocese explicou à vasta assembleia o sentido do Ano da Misericórdia, uma comemoração dos cinquenta anos do Concílio Vaticano II.
A misericórdia, “ dar o coração ao miserável “, tem uma amplitude mais vasta e estende-se à ternura, à bondade, à graça, à indulgência, ao amor de um com os outros.
A misericórdia é um coração a estremecer de amor para com os desfavorecidos, mais pobres e necessitados, há que refletir principalmente nas parábolas do filho pródigo, do bom samaritano.
Os cristãos e as comunidades cristãs, têm de ser uma Igreja, no caminho nas zonas periféricas e ao encontro dos mais debilitados.
A Igreja tem de ser também uma tenda de campanha para ajudar, recolher, apoiar os mais pobres.
Partir do Fundão com uma determinação de celebrar o Jubileu com o Rosto Misericordioso de Jesus Cristo, com a alegria de um Cristo Ressuscitado.
No dia 5 de Junho – Domingo – realizar-se-á a Peregrinação Jubilar dos Arciprestados da Diocese, na Sé da Guarda.
António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes
Abril/2016