MOMENTOS QUOTIDIANOS

Meio da tarde bem quente de Setembro, no Dia Internacional da Caridade, na Capela do Carmo em Setúbal, reza-se diariamente conforme mapa de quem é o responsável. Apesar de tantos anos em Setúbal entro lá pela primeira vez e fiquei estupefacto com o grande número de crentes. No altar mor a bela Nossa Senhora do Carmo muito bem vestida, que me apeteceu pegar-lhe na mão, e vir com Ela passear para as ruas setubalenses.

Há pessoas que em duas palavras, uma tem necessariamente de dizer um palavrão, talvez para manifestar autoridade. Há tempos tive que dizer a um cavalheiro que usa e abusa e com quem convivo, para não ter na boca e muto menos na língua, o significado dessas mesmas palavras.

Se fosse arbitro de futebol, meio onde se usa e abusa dessa linguagem ficava uns tempos sem apitar jogos de futebol.

Passo umas horas matinais com o meu amigo Juvenal, com a ideia de recolher umas ideias do seu pensamento sobre a Igreja, numa diversidade de acções e das razões porque a juventude se afasta. Foi muito longa a nossa conversação, e o que ficou assente, ambos temos Fé, admiramos  e somos seguidores de Jesus Cristo, mas que tanto ele como eu, ainda ficamos com muitas duvidas e incertezas e quanto mais avança a ciência mais se prolongam.

Na esplanada de um café li que uma ambulância tinha sido multada por estar estacionada na auto-estrada, para lá do risco contínuo. Ia a socorrer uma senhora, mas já tinha falecido. A defunta não pagou a multa, mas o orçamento na alínea das multas ainda não atingiu o objectivo e há  que recolher dinheirinho. A noticia não era do di 1 de Abril. Se a moda pega, os condutores das ambulâncias além do esforço que fazem para salvar vidas ainda tem que pagar multas. E esta hei!

Li numa revista semanal em letras garrafais “A montanha pariu um arquivamento”. Sabia que pari ratos, agora parir arquivamento de  processos judiciais não sabia, o nosso Homem anda sempre aprender), com quase sete anos de existência, cinquenta pessoas arguidas, quatrocentas contas com as contas vistoriadas e uma suposta burla de cem milhões de euros. Abençoada justiça que com tanto trabalho e não encontrou um culpado. Alguns estarão com pena de não ter entrado na “suposta burla”. A Revista ao lado da fotografia de dois arguidos, que todos conhecem, cita as palavras de um Presidente dos Estados Unidos de nome Thomas Jefferson – 1743-1826, “ acredito  que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que os exércitos”. Lá temos de os indemnizar com os nossos impostos e ainda a procissão vai no adro.

Grandes movimentações na Praça do Bocage, muitos ferros, calhas e panos, abeiro-me de um operário e pergunto de vão tapar a estatua ao Bocage. Respondeu-me que estão a instalar uma tenda, para “coisas da Politica, porque vem aí as eleições para a Câmara,  mas o  Bocage fica resguardado, descoberto e salvo.Ai se pdusse declamar uns poeman…

Num café um anúncio, “ se não dispões de tempo ou lugar para dar uns passeios com o seu gato(a) de estimação, nos vamos dar esses passeios com  a seguinte tabela de preços: um hora cinco euros, duas horas 9 euros. Aos domingos e feriados são acrescentamos  mais 2 euros.” Lá estava os contactos com os  nomes  e número de telemóvel dos fazedores desses serviços.

Na Fonte Nova, na sede da Caritas Diocesana algumas pessoas pediam ajuda social, enquanto no Bairro da TETRA  e Bela Vista, algumas famílias recebiam alimentação, à pobreza de cara descoberta. A pior pobreza é  a escondida e infelizmente existe com números elevados.

Recebo um jornal mensal e nas listas partidárias, um presidente de uma junta de freguesia da zona fronreiriça, esgotou os temos de descontos de autarca prepontente , (em terra de cegos quem tem um olho é rei), um cacique, que  mandou avançar o filho, que de poder local nada percebe, mas se ganhar lá terá o seu progenitor, a soprar-lhe aos ouvidos, o que deve faz. Um garnde servidor de Salazara na sua ex-profissão, que um dia virou a casaca para o socialismo de esquerda, para continuar a mandar, lá na sua santa terrinha, quase deserta, ondeainda uma maioria lhe preste vassalagem. Não se sabe até quando…

Para terminar, nun jornal desportivo la vem a nomeação para arbitrar a minha equipa do coração – Vitória de Setúbal, contra o Sorting de Braga, a equipa de arbitragem de Braga e o Var- Dideo arbitro também nas mãos de um hommem de Braga.Este ano já sofremos em qautro jogos, os efeitos da más arbitragens, mas estas nomeações nem ao diabo lembra. Vamoa aguardar, e viva o Ópio do Povo, que é o futebol nacional, que desvia as atenções mais importantes, que nos faz esquecer osproblemas, por onde andam os donativos dos fogos como a grande maiotra do Povo Potuguês já não abredita e algumana politica não votar. Temos a bola que nos vai anestessiando lentamente…

António Alves Fernandes/Aldeia de JoanesI Seteumbro/2017

António Alves Fernandes

António Alves Fernandes