Santíssima Trindade

Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. (cf. Jo 16,12-15)
 
O Espírito Santo é a brisa de amor, terna e suave,
que une e personaliza as Pessoas da Santíssima Trindade!
Esse mesmo Sopro Divino pairava sobre o caos,
quando o Pai criou o universo por meio da Palavra!
A desconstrução da criação, provocada pela desobediência,
não fez Deus distanciar-se ou desistir da humanidade,
mas aproximar-se cada vez mais, numa cumplicidade redentora!
Por isso, a história feita de linhas tortas e sem sentido,
foi sendo preenchida por palavras de esperança,
propostas de aliança, manifestações de misericórdia,
despertar proféticos, promessas de salvação messiânica!
Por fim, a Palavra desceu e montou a sua Tenda na Terra
e convidou-nos a entrar na dinâmica dum amor que glorifica a Deus!
 
Há um ideal de unidade e de comunhão que subsiste na história.
A construção da Torre de Babel é um ícone deste ideal desvirtuado:
anular a diversidade de línguas e povos,
para juntos construírem uma torre que toque e anule o Céu!
O resultado foi o desentendimento e a dispersão!
Hoje o projeto de globalização, a diversos níveis,
económico, ideológico, financeiro, gastronómico…,
é, em alguns casos, uma versão moderna da Torre de Babel.
A tentativa de desvanecer as diferenças fisiológicas,
por meio da ideologia do género, retomando o neutro,
é mais uma tentativa de anular o dom das diferenças,
perdendo a especificidade e exaltando a opção de escolha!
 
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo,
como é belo o teu mistério de comunhão e de amor,
que age em comunhão de missão
e conserva a especificidade de cada Um!
Jesus, Palavra do Pai, ungido pelo Espírito Santo,
dá-nos um coração novo, com ouvidos de discípulos,
mãos de servos da vida e pés de anunciadores da esperança!
Espírito Santo, Sopro de amor, dá-nos a tua sabedoria,
para que aprendamos a trabalhar em comunidade,
sem querermos dominar, nem destruir, nem humilhar ninguém!
Que a Igreja seja um reflexo de unidade na fé
e de catolicidade na diversidade de línguas, culturas e ritos!
Pe. José Augusto