VEJO-TE SEM TE VER

Vejo-Te, sem Te ver
Em cada madrugada
Repetitiva no ser
Acordando alvoroçada.

Vejo-Te, sem Te ver
No rodar do universo
No belo que possa ter
E no rimar de cada verso.

Vejo-Te, sem Te ver
Com os olhos do coração
No jeito de acolher
Daquele que dá a mão.

Vejo-Te, sem Te ver
Na singeleza do gesto
Em cada acontecer
Doado sem protesto.

Vejo-Te, sem Te ver
No rosto terno da criança
No seu jeito de ser
Cheio da amor-confiança.

Irmã Gracinda Martins

Pinhel – 2015