3º Domingo da quaresma – são João de Deus.
Jesus, porém, falava do templo do seu corpo. (cf. Jo 2,13-25)
Jesus é a casa de seu Pai, candelabro da luz divina,
templo de comunhão de Deus no homem.
Cristo estendeu este Templo vivo à Igreja
e fez de cada membro pedras vivas que louvam o Pai.
Jesus não se reconhece num templo transformado em praça,
nem em relações gratuitas mercantilizadas e idolátricas.
Por isso, ontem e hoje, Ele quer purificar a sua Casa,
expulsar os demónios que nos possuem e nos alienam,
fazer da Igreja e de cada corpo um lugar de encontro,
que louva a Deus e eleva a dignidade humana.
A Igreja recomenda o sacramento da reconciliação,
“ao menos uma vez por ano” e “comungar pela Páscoa”.
É pouco limpar a casa e alimentar a fé que age pelo amor,
apenas uma vez por ano!
É que nos habituamos e começamos a achar normal
viver na idolatria do consumo, no comércio dos afetos,
no ideal egocêntrico e na indiferença ao irmão.
E quanto menos vezes sentirmos a frescura dum corpo lavado,
menos necessidade sentimos de tomar banho,
o pior são os coitados que vivem ao nosso lado!
Senhor Jesus, restaurador da aliança e purificador dos corações,
cura-nos do medo de te deixarmos entrar na nossa a vida.
Entra e arruma as prioridades pelas quais damos a vida
e expulsa de nós tudo o que não é amor gratuito.
Dá-nos o teu Espírito de discernimento, para que nos ilumine
e fortaleça os nossos compromissos de conversão,
aproveitando mais habitualmente do sacramento da reconciliação.
Pe. José Augusto
3º Domingo da quaresma – são João de Deus