Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
O Corpo Nacional de Escutas completa 90 anos de existência a 27 de maio de 2013. Ao assinalar esta efeméride, queremos manifestar o grande apreço que nutrimos pelo CNE, pois este tem prestado um valoroso e inegável contributo para a educação integral dos jovens, assente no ideal do serviço, em comunhão com a Igreja. Na Nota Pastoral que em 1995 publicámos sobre o CNE, acentuámos a importância do Escutismo como «Escola de Educação humana e cristã»; agora é nosso desejo sublinhar a importância do CNE na construção de uma sociedade animada pela esperança que brota da fé. Refletir sobre o caminho percorrido é inspirador de novas linhas de orientação e, por isso, é também nosso desejo convidar todo o CNE a não deixar de elevar as suas metas e ideais na abertura permanente ao Espírito Santo, como aliás decorre da própria pedagogia escutista onde se propõe sempre ir «mais além». 1. Breve enquadramento histórico Ao longo dos 90 anos de existência, o CNE evidenciou inequivocamente a sua capacidade de adaptação a cada período histórico em concreto – mesmo no contexto de tantas e profundas mudanças em Portugal no decurso do século XX – sem, contudo, perder a sua identidade. Esse facto objetivo ressalta da apreciação do percurso já traçado pelo Escutismo Católico Português, e é apoiado, em última análise, pela vitalidade de que goza ainda hoje o CNE. Este longo «raide» foi percorrido por todos os que, ao longo de 90 anos, ajudaram a construir o Escutismo Católico Português, e continua hoje a ser percorrido, quer no silêncio discreto junto de uma unidade escutista local, quer no desempenho de funções de maior visibilidade. Tudo concorre para fazer do CNE aquilo que hoje é. Sem podermos recordar todas as grandes figuras que alicerçaram o «edifício» já construído – e foram de facto muitas –, é forçoso evocar nesta efeméride o contributo essencial e basilar dado por D. Manuel Vieira de Matos e Monsenhor Avelino Gonçalves. Como é sabido, inspirado pelo desfile de um numeroso grupo de escuteiros italianos por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional, que teve lugar em Roma em 1922, o prelado bracarense, recorrendo ao inestimável contributo de Monsenhor Avelino Gonçalves, veio a empreender a nobre tarefa de trazer para Portugal a obra nascente do Escutismo Católico. O Escutismo tinha já provas dadas em várias partes do mundo, com assinalável sucesso educativo, mas a sua inserção na missão evangelizadora da Igreja encontrava-se ainda em fase embrionária, tendo na pessoa do Padre jesuíta francês Jacques Sevin a principal fonte inspiradora. O seu processo de canonização está introduzido, tendo o Papa Bento XVI já aprovado o decreto das suas «virtudes heroicas», sendo agora Venerável. Dada a forma como nasceu e se desenvolveu, o CNE esteve sempre em sintonia com esse projeto inovador de Escutismo Católico, o que lhe atribui notável eclesialidade. Considerando o percurso efetuado, a celebração deste aniversário do CNE é também ocasião para assinalar o contributo de todos os que se dedicaram de alma e coração a este projeto educativo e se empenharam no desenvolvimento desta Associação de fiéis. Queremos sublinhar e agradecer o mérito dos dirigentes em manter a identidade cristã do Escutismo. Para tal, importa investir na sua formação humana e cristã. 2. Palavra de Deus e Escutismo Numa mensagem dirigida a escuteiros católicos italianos (da AGESCI) em 1997, o Papa João Paulo II afirmava: «O vosso fundador, Baden-Powell, gostava de indicar os dois grandes livros que deveis sempre saber ler: o livro da natureza e o livro da Palavra de Deus, a Bíblia. Trata‑se de uma indicação segura e fecunda. Amando a natureza, vivendo nela e respeitando-a, aprendei a unir a vossa voz aos milhares de vozes do bosque que louvam o Senhor; imersos nela, continuai a celebrar os vossos momentos de oração e as vossas liturgias, que permanecerão no coração dos jovens como experiências inesquecíveis. Cultivando a vossa tradição de amor e de estudo da Bíblia, encontrareis veredas e estradas sempre novas para uma catequese original e eficaz, inserida no caminho da catequese da Igreja». No ano seguinte, num discurso dirigido à Conferência Internacional Católica do Escutismo, afirmou ainda João Paulo II: «O encontro entre o método escutista e as intuições do Pe. Sevin, S.J., permitiu elaborar uma pedagogia baseada nos valores evangélicos». Já em 2007, por ocasião do centenário do Escutismo, o Papa Bento XVI escreveu: «Fecundado pelo Evangelho, o Escutismo não é só um lugar de autêntico crescimento humano, mas também o lugar de uma proposta cristã forte e de uma verdadeira maturação espiritual e moral, assim como de um autêntico caminho de santidade». Todos estes textos sublinham a íntima ligação entre o Evangelho e a pedagogia escutista, pese embora o facto de, na sua génese, o Movimento Escutista não estar vinculado a nenhuma confissão religiosa em particular. Em todo o caso, é inegável a influência religiosa nos escritos e propostas de Baden-Powell, de tal forma que chegou a afirmar que o Movimento é todo baseado na religião (1). Sendo o fundador do Escutismo de forte tradição cristã anglicana, a sua intuição original estava também informada do espírito cristão, nomeadamente no que à Palavra de Deus diz respeito. Isto é, mesmo sem o referir explicitamente, a Palavra de Deus é a fonte inspiradora do Escutismo e, consequentemente, é também a Luz para o caminho de todos os escuteiros. Isso é particularmente visível nos Princípios e na Lei do Escuta, onde se identifica claramente a influência da Palavra de Deus: há um claro paralelismo entre os Mandamentos da Lei, bem como o seu cumprimento no Mandamento Novo, e os dez artigos da Lei do Escuta, tal como as bem-‑aventuranças são efetivamente um código de vida para os escuteiros. Se o Escutismo está inegavelmente ligado à Palavra de Deus, daí resulta uma dupla e permanente missão: conhecer, aprofundar e viver a partir da Palavra, e encontrar na mesma Palavra o conteúdo e o fundamento para a Missão pois, como reafirmou o Sínodo sobre a Palavra de Deus, «a missão de anunciar a Palavra de Deus é dever de todos os discípulos de Jesus Cristo, em consequência do seu batismo» (2). Afirma ainda Bento XVI: «A solicitude pelo mundo juvenil implica a coragem de um anúncio claro; devemos ajudar os jovens a ganharem confiança e familiaridade com a Sagrada Escritura, para que seja uma bússola que indica a estrada a seguir. Para isso, precisam de testemunhas e mestres, que caminhem com eles e os orientem para amarem e por sua vez comunicarem o Evangelho, sobretudo aos da sua idade, tornando-se eles mesmos arautos autênticos e credíveis» (3). 3. Escutismo e comunhão Na Carta Apostólica de João Paulo II «No início do Novo Milénio», o Santo Padre formulou um importante desafio a todos os católicos: «Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão» (4). Esse desafio, sendo formulado genericamente para a Igreja universal, é também dirigido especificamente a cada Igreja local e a cada Movimento eclesial, como é o caso do CNE. Consequentemente, essa é também uma missão prioritária para o Escutismo Católico Português. Tal como explica o Sumo Pontífice, «antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão» (5). No caso do Escutismo, essa promoção é já facilitada pelo facto de um dos seus elementos constituintes ser precisamente o chamado «Sistema de Patrulhas», onde a comunhão entre os elementos permite potenciar o desenvolvimento de cada um, representando por isso a maior riqueza do grupo. Este elemento essencial da pedagogia escutista, reproduzido de alguma forma nas diferentes instâncias da Associação, mesmo entre adultos, pode assim ser catalisador da referida espiritualidade de comunhão, desde que: – cada pessoa tenha o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, que habita em si e cuja luz há de ser percebida também no rosto dos irmãos; – cada pessoa tenha a capacidade de partilhar as alegrias e as tristezas do irmão, oferecendo-lhe uma verdadeira e profunda amizade, unidos no Corpo místico de Cristo; – cada pessoa tenha a capacidade de ver o que há de bom no outro, valorizando-o como dom de Deus; – cada pessoa aceite levar «o fardo do outro» (Gl 6,2) rejeitando qualquer forma de egoísmo (6). Em todo esse processo, a comunhão sacramental apresenta-se como elemento determinante para que a vida possa, também ela, ser comunhão. Essa é, em síntese, a caminhada espiritual a percorrer. Finalmente, a comunhão, que o Corpo Nacional de Escutas é chamado a viver, expressa-‑se interna e externamente. Em primeiro lugar, a própria expressão «Corpo» aponta no sentido da unidade e da comum pertença a algo, não obstante as diferenças. Essa dimensão materializa-se na busca de um rumo comum e torna-se particularmente visível na forma como os Agrupamentos, Núcleos e Regiões articulam as suas metas, planos e ações com o nível nacional. Todos os esforços devem ser feitos nesse sentido, para preservar a unidade do CNE. Em segundo lugar, a comunhão vivida internamente tem também uma expressão eclesial imprescindível. Desde logo, o pressuposto de que o CNE faz parte da Igreja deve estar sempre presente, inclusive na definição de objetivos e na partilha da comum missão da Igreja. A forma imediata de aferir a solidez deste laço eclesial encontra-se na relação com os Assistentes eclesiásticos das diferentes instâncias, pois cabe-lhes representar a Hierarquia da Igreja no Movimento. Mas a dimensão eclesial remete igualmente para a busca permanente de comunhão com outras instâncias eclesiais de pastoral. A comunhão com outros grupos ou Movimentos é muito importante pois a todos cabe a missão de, «com a vivacidade dos carismas que lhes foram concedidos pelo Espírito Santo para o nosso tempo, oferecer a sua contribuição específica para favorecer nos fiéis a perceção desta sua pertença ao Senhor (Rm 14,8)» (7). 4. Escutismo ao serviço da esperança O Escutismo surgiu com o objetivo muito concreto de transmitir esperança aos jovens que viviam na ociosidade, entregues a vícios e sem quaisquer horizontes de vida. Desde logo estimulou os jovens a ser artífices do seu próprio desenvolvimento, motivando-os através do jogo e propondo-lhes a adesão pessoal a um quadro de valores sintetizado na Lei escutista. Essa proposta cedo se revelou frutuosa, porquanto se assistiu a uma extraordinária expansão do Movimento que, se era manifestação evidente do interesse que despertava entre os jovens, não era menos prova cabal do reconhecimento geral, da parte de diferentes instituições da sociedade, das virtudes pedagógicas do Escutismo. Ora, isso deve-se em parte ao facto de o Escutismo ter a capacidade de fazer brotar de dentro de cada jovem as suas mais nobres qualidades, colocando-as ao serviço de Deus e dos irmãos. Dessa forma, o Escutismo veio dar resposta a algumas visões mais céticas sobre a juventude dos «novos tempos», reafirmando que vale a pena acreditar numa nova humanidade, vale a pena acreditar em cada jovem, vale a pena ter esperança. Esse dado continua hoje a ser marcante na sociedade, representando mesmo um dos mais importantes contributos do Escutismo no mundo atual sobretudo considerando que, como referia João Paulo II em 2003, se assistia na Europa a uma espécie de «ofuscamento da esperança» (8). Baden-Powell, na sua derradeira mensagem, deixava entrever parte do fundamento da esperança, ao afirmar: «Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes e, quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem» (9). Apelava assim a uma vida plena, com sentido, entregue ao serviço do bem. No entanto, o principal fundamento da esperança ultrapassa os limites da vida presente, iluminando-a de forma sempre nova e renovada: «A verdadeira e grande esperança do ser humano, que reside apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora “até ao fim”, “até à plena consumação” (Jo 13,1 e 19,30)» (10). Na medida em que os «deveres para com Deus» são um pilar essencial do Escutismo, e considerando que isso pressupõe o acolhimento de Deus e o reconhecimento dos seus dons na vida quotidiana, pode-se afirmar que o escutismo é um caminho de esperança, pois conduz verdadeiramente a Deus. Daí resulta que o Movimento Escutista se afigure como uma força ao serviço da esperança de que o mundo tanto necessita, sendo também para a Igreja um precioso instrumento de evangelização, pois ao contribuir para uma vida de abertura a Deus está a apresentar ao mundo o motivo fundamental pelo qual vale a pena ter esperança. Instrumento de evangelização quer através do reconhecimento da Natureza enquanto obra criada por Deus, quer no serviço aos outros segundo a opção preferencial pelos mais pobres, e em todos os outros aspetos pelos quais o Escutismo aproxima as crianças e os jovens de Cristo. 5. Desafios presentes e futuros Ao assinalar este aniversário, o CNE é também estimulado a uma visão prospetiva sobre a sociedade, para que o contributo educativo que prestou ao longo destes 90 anos mantenha a sua pertinência no presente e no futuro, adaptando as suas respostas às necessidades reais e prementes. De entre outros, apontamos cinco desafios que se apresentam hoje ao CNE e que podem definir o seu futuro: – Desafio da identidade. De uma forma ou de outra, a reflexão sobre a identidade do CNE foi acompanhando todo o seu percurso desde a fundação. No entanto, hoje esse aspeto revela-se particularmente emergente, dada a crescente multiculturalidade, bem como o fenómeno da globalização. Acresce ainda o facto de as correntes relativistas e secularistas se manifestarem cada vez mais em determinados grupos, movimentos e associações. Por isso, a capacidade de preservar a sua identidade, enquanto Escutismo Católico Português, é extremamente importante, já que, sendo membro da Organização Mundial do Movimento Escutista é, ao mesmo tempo, Movimento da Igreja e, por isso, está enraizado na fé da Igreja (11) e participa da sua missão. – Desafio da abertura. Associações que, como o CNE, são numericamente muito expressivas, apresentam estruturas complexas e um elevado número de atividades. Esse facto não deve ser argumento para uma menor abertura do Escutismo à comunidade local e a outras associações ou projetos. O desafio aqui referido consiste na capacidade de harmonizar as duas dimensões de forma equilibrada, permitindo que, sem perder a sua especificidade, o CNE dê um importante contributo para o exterior. – Desafio da integração. É sabido que o CNE é também um Movimento de fronteira, sendo essa uma das suas notas mais específicas. Com efeito, a sua missão passa pela capacidade de cativar os que ainda não estão inteiramente em sintonia de valores ou ideais, para lhes propor um caminho mais excelente do que todos os outros: o caminho da fé cristã vivida em Igreja e traduzida em caridade. Esse objetivo é exigente e rigoroso, e requer grande clareza de objetivos, bem como a apresentação da verdade a cada pessoa, mesmo que esta possa ser difícil de aceitar. O amor obriga a defender a verdade. Por isso, saber integrar sem perder a linha orientadora revela-se um importante e exigente desafio. – Desafio da comunhão. Como atrás foi explicitado, a espiritualidade da comunhão é essencial para que as atividades conduzam à referida comunhão. No caso específico do CNE, importa sublinhar a importância da comunhão eclesial, sobretudo com outros grupos paroquiais e com outros Movimentos. A busca de uma mesma meta, não obstante as diferenças, é a única via para a comunhão e, portanto, para o acolhimento do desígnio divino de unidade (cf. Jo 17,11). – Desafio da evangelização. Este desafio pressupõe tudo o que atrás foi dito: onde houver uma clara identidade católica, onde a abertura ao exterior estiver presente, o Movimento será seguramente evangelizador, numa lógica de integração na verdade e, sobretudo, se a comunhão corresponder a uma íntima ligação a Deus, acolhida e vivida em Igreja, na especificidade do método escutista. Além disso, para ser um Movimento evangelizador, cada escuteiro e Dirigente deve procurar ter na Palavra de Deus o seu alimento quotidiano para que possa crer o que lê, ensinar o que crê e viver o que ensina (12). Daí resulta a evangelização e a necessidade de articular a formação escutista com a catequese paroquial. A melhor forma de viver o Escutismo consiste em fazê-lo de forma autêntica, segundo a sua pedagogia própria, na adaptação aos tempos novos e na fidelidade aos seus princípios. Se cada escuteiro estiver «Sempre Alerta» praticando dedicadamente o «Serviço», irá descobrir que «há mais felicidade em dar que em receber» (At 20,35) e esse é o caminho de encontro profundo com Jesus Cristo. Nesse sentido, o Escutismo é naturalmente instrumento de evangelização. Saber integrar esse potencial educativo na missão da Igreja é a tarefa do Escutismo Católico, e é o que se espera também do CNE, para benefício da Igreja. Por isso, é nosso desejo exortar o Escutismo Católico Português a perseverar na missão que lhe é confiada desde a sua fundação: contribuir para que as crianças e jovens descubram Cristo como o sentido último das suas vidas. É certo que muitos desafios se colocam aos jovens atualmente, como afirmava o Papa Bento XVI: «Apesar das dificuldades, não vos deixeis desanimar e não renuncieis aos vossos sonhos! Pelo contrário, cultivai no coração desejos grandes de fraternidade, de justiça e de paz. O futuro está nas mãos de quem sabe procurar e encontrar razões fortes de vida e de esperança» (13). Nas mãos de Nossa Senhora, Mãe dos Escutas, entregamos essas altas aspirações, pedindo a bênção materna de Santa Maria para todos os lobitos, exploradores e moços, pioneiros e marinheiros, caminheiros e companheiros, e também para todos os Dirigentes. Maria, estrela-‑do-mar, brilhe sobre cada um de vós, e guie sempre o vosso caminho! Fátima, 15 de novembro de 2012 NOTAS: 1 – BADEN-POWELL, O Rasto do Fundador, 153. 2 – BENTO XVI, Exortação Apostólica «Verbum Domini», 94. 3 –Ibidem. 4 -JOÃO PAULO II, Carta Apostólica «Novo Millennio Ineunte», 43. 5 -Ibidem. 6 – Ibidem. 7 -BENTO XVI, Exortação Apostólica «Sacramentum Caritatis», 76. 8 -JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica «Ecclesia in Europa», 7. 9 -BADEN-POWELL, Última Mensagem. 10 – BENTO XVI, Carta Encíclica «Spe Salvi», 27. 11 – BENTO XVI, Os Movimentos na Igreja – Presença do Espírito e Esperança para os Homens, 56. 12 – Do Ritual da Ordenação dos Diáconos. 13 – BENTO XVI, Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 2010, 7. |