Enquadramento social do agrupamento escutista.
A história já centenária do Movimento Escutista demonstra com clareza que ele se desenvolveu sempre a partir da unidade local: O AGRUPAMENTO.
Como qualquer outra organização, é na relação e na permeabilidade com o meio-comunidade local – que deve assentar o presente e o futuro do Movimento Escutista; na interação comunitária adquirem-se e ganham eficácia a meia material e humanos bem como a razão de ser de qualquer associação.
Por isso, só na medida em que o Escutismo é reconhecido como participante ativo e útil ao seu meio é que poderá afirmar a importância da sua ação educativa: além de propor valores novos, é também veículo de transmissão daqueles valores que estão já enraizados na vida e nas características do meio social que o envolve.
Sendo o escutismo um movimento de voluntariado, a forma de atrair voluntários passa também por uma clara afirmação da sua identidade.
Ora, a identidade de uma associação não emerge simplesmente da história, da tradição, das atividades, da organização, da estratégia de desenvolvimento, nem de imagem, mas sobretudo da missão que a anima, dos objetivos que a norteia, da capacidades e eficácia de ação que demonstra e dos frutos que pode efetivamente exibir.
É verdade que os elementos fundamentais do Escutismo-missão educativa, princípios e método– se devem manter invariáveis; porém há outros elementos que deverão estar abertos à mudança e a um sentido de atualidade que é condição essencial de vida: as atividades propostas, a relação educativa com os jovens, o diálogo com as instituições, a concretização das propostas do próprio método escutista, a sensibilidade perante novas tecnologias em muitos setores da atividade, a eficácia de novos instrumentos e técnicas, a atenção e a colaboração com outros meios de formação, etc..
Tudo isto poderá contribuir para que os nossos Agrupamentos se constituam como verdadeiros espaços educativos com perspetivas seguras de eficácia e de futuro.
ETRAUD